sexta-feira, 28 de maio de 2010

"Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar"

Travessia

Milton Nascimento

Composição: Milton Nascimento / Fernando Brant

"Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar

Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar"




Na real, não tenho muito o que dizer. Acho que essa música já disse tudo.
Só precisava colocar tudo pra fora, mesmo que não com os fatos, com palavras, frases.
Ando muito triste, muito triste mesmo.
E essa angústia me consome cada dia mais. Me tira o ar, a vontade de viver, de tentar ser forte.

Parece que já não há mais razão, que já não há mais motivo.
Toda a cor se foi. Junto com as gargalhadas, as conversas de corredor, as brincadeiras... a Nathalia.

"Tá difícil esconder a dor; a cor do meu sorriso se escondeu"

Se escondeu o sorriso, a felicidade, a vida.
E, dessa vez, estou realmente preocupada.
Minha cabeça não pára de trabalhar, meu coração não pára de sentir e os olhos insistem em continuar vermelhos.

Tem algum jeito de arrancar essa tristeza daqui de dentro?
Algum jeito de 'des-desviar' o desvio?
De fazer as coisas voltarem ao normal?
Se ser o que era?
Sentir o que sentia?
De, simplesmente... não sentir?

Sinceramente, nada mais me motiva. Tava tudo dando certo. Tava tudo bem.
Mas coisas mudaram... e como!
Espero que passe logo, porque já me desgastei inteira tentando fingir que tá tudo bem, de que vai passar e de que sou forte o suficiente pra não deixar nada me abalar.
Mas, surpresa! Não sou essa fortaleza, nunca fui.

Enfim, só precisava falar. Mesmo que não seja um texto com nexo, organizado, era (quase) tudo o que eu precisava agora.

Paz e bem!